Com o grupo mais unido e experiente, Acampamento Jurássico retorna para sua segunda temporada explorando muito bem a personalidade de seus protagonistas e expandindo seu universo. Caso não tenha visto, aqui na Freaks! tem crítica da primeira temporada, corre lá para saber mais antes de ler este texto.
E a partir de aqui temos spoilers, estejam avisados!
Já no início da temporada é possível perceber o quanto a perda de Ben significou para o grupo, que se esforça ainda mais para não deixar ninguém para trás e ainda sente uma grande culpa, em especial Darius, por ser o líder do grupo e ter "falhado" com alguém que para ele era tão importante.
Gostei demais dos novos episódios porque acredito que fizeram a história desenrolar muito bem, desenvolvendo os personagens e fazendo eles superarem grandes questões, como foi o caso de Yasmina que aprendeu a importância de deixar que as pessoas a ajudem, e também Brooklyn, que finalmente começa a ver a vida além de seus seguidores, se permitindo ser mais amiga.
Algumas das coisas que melhoraram bastante em relação a primeira temporada: os personagens não são mais tão estereotipados (identificamos mais camadas neles) e não temos mais aqueles ganchos absurdos que existem na primeira temporada, prometendo algo grave que sempre se resolvia de forma simples. Existe ainda a adição de novos personagens na história, os famigerados adultos que aparecem para resgatar as crianças e, por fim, se mostram mal intencionados.
Ainda sobre os personagens, mesmo não sendo surpresa, a reaparição de Ben e Bolota me impactou e foi executada de forma majestosa, gostei que ambos não apareceram já no começo da temporada e de termos um episódio inteiro centrado na sobrevivência deles e em todos os percalços que passaram. Ben é um personagem que cresceu muito sozinho, e que agora, se tornou ainda mais crucial para o grupo.
Um momento aqui para apreciamos a fofura do Bolota.
Continuando a falar sobre Ben e Bolota, a relação deles é uma das mais bonitas da série, ver como os dois se completam e cuidam um do outro aquece meu coração, me faz lembrar muito da relação que temos com os pets, em especial com os doguinhos que normalmente são mais agitados. A verdade, é que se não estivessem juntos, nem o humano e nem o dinossauro teriam sobrevivido.
O reencontro entre Ben, Brooklyn, Kenji e Bolota rendeu ótimos momentos nos episódios finais da segunda temporada, proporcionando cenas de ação que me fizeram temer pela vida dos nossos queridos adolescentes e me deixaram em choque ao mostrar um pouco mais de violência na série. Sobre a explosão, que cena meus amigos!
Sammy e Darius também enfrentam dilemas morais tensos, como o fato de soltarem ou não os dinossauros carnívoros (o que me deixou em dúvida também) e a questão de entregarem os dinossauros, assim como o local do bebedouro, para que os caçadores pudessem abate-los. Priorizar sua vida/salvação e deixar os pobres bichinhos morrerem? Ou salvar eles e acabar ficando o resto da vida na ilha?
É tudo muito difícil e, mesmo assim, as crianças conseguem achar uma opção C.
Surto: A cena em que Sammy e Darius estão na rua central do parque, se escondendo dos caçadores, é uma ótima homenagem a cena da cozinha, contida no primeiro Jurassic Park, a diferença é que agora os monstros são outros (até arrepiei!).
Quanto aos caçadores, é legal ver a animação estabelecendo questões que vimos nos filmes, como o abate e a venda dos dinossauros após o incidente na ilha. É extasiante ver referências de Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros e Reino Ameaçado, mas também saber que a obra segue o seu próprio caminho.
Para finalizar meu texto, preciso dizer que a trilha sonora sempre vai me emocionar. Até a próxima temporada freaks e que nossos campistas sobrevivam a E750!
Comentarios