Fala Freaks! A criança que vive em mim cumprimenta a criança que existe em você. Quando descobri que Space JAM teria continuação fiquei receosa, mas confesso que escrevo essa crítica muito feliz com o resultado desse novo filme.
Muito mais moderno e mostrando o poder da Warner Media, Space JAM: Um Novo Legado é protagonizado por LeBron James, que pode não ser um bom ator, mas compensa em carisma, e aqui, ganha uma família fake para compor a parte de drama que também existia no primeiro longa. Neste filme, vemos LeBron como um pai que espera o melhor de seus filhos e os incentiva muito no basquete, no entanto, seu filho Dom não almeja isso para a vida e prefere a carreira de desenvolvedor de jogos.
Após alguns atritos entre os dois, LeBron convida o filho para ir com ele até a Warner, onde uma tecnologia pretende digitaliza-lo para usar sua imagem em filmes e séries. Ao negar a proposta, LeBron deixa o Algoritmo irritado, e junto com Dom, é enviado para os servidores da empresa.
Até essa parte eu estava achando o filme bem entediante, mas quando entramos no mundo dos Looney Tunes as coisas mudam de figura. Com grande humor, centenas de referências aos audiovisuais da Warner e efeitos especiais incríveis, o filme vai ganhando ritmo e, quando menos esperamos, já estamos no embate final, em que LeBron enfrenta Dom no jogo criado pelo próprio garoto.
Ressalto aqui que tudo isso é fruto de muita manipulação do Algoritmo, que se mostra um vilão cativante, bem caricato e que busca reconhecimento a qualquer custo. Eu achei ele sensacional, e grande parte disso se deve a atuação do Don Cheadle, que está maravilhoso aqui e nos faz simpatizar com o solitário e persuasivo vilão do filme.
Mostrando que o basquete não é somente disciplina, mas também diversão, vemos LeBron penar muito para entender que estava pressionando demais o seu filho, o que causou toda aquela situação. Ao notar que esse comportamento também estava sendo replicado para os Looney Tunes, ele finalmente permite que Pernalonga, Patolino, Lola e os outros sejam quem eles são, e aí, o jogo finalmente começa a virar.
Antes de terminar o meu texto tenho que ressaltar que os Looney Tunes são TUDO, ver como se articulam para ganhar a partida, o que faziam antes de serem recrutados por Pernalonga e LeBron, além de suas frases clássicas é um espetáculo a parte, fora isso, gostei demais de vê-los em 3D.
Leve surto: A cena em que eles falam que acharam o Michael Jordan na plateia, que na verdade era o Michael B. Jordan, me fez chorar de rir. É esse tipo se humor que eu gosto.
Enfim pessoal, esse é um filme direcionado ao público infantil, então peço que não esperem nenhuma obra de arte, mas sim um Space JAM mais tecnológico, que vai te divertir, emocionar e deixar seu coração cheio de nostalgia.
Recomendo demais.
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