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Foto do escritorAna Luiza Moreira

A Lenda de Korra: Livro Quatro- Equilíbrio encerra sua jornada de forma satisfatória (Com SPOILERS)

Sabe aquela trajetória de martírio próprio que muitos personagens passam? Pois então, não seria diferente com Korra, que no início do Livro Quatro renega seu título de Avatar (e corta o cabelo também) após a derrota sofrida na última temporada.

Sinceramente, esse é o tipo de narrativa que me dá muita preguiça, mas entendo o porquê de ter acontecido e imagino que se eu estivesse no lugar da nossa protagonista, estaria na mesma situação.

Traumatizada pelo que houve em seu estado Avatar, Korra se afastou de tudo e todos que conhecia. Ela tenta encontrar uma nova identidade que não tenha relação com a responsabilidade que lhe foi imposta e acaba encontrando nas lutas da Tribo da Terra (aquelas das quais Toph participava) uma forma de liberar sua raiva.


Korra e sua mãe
Durante a temporada, Korra tenta aprender a dominar a raiva e a insegurança que a persegue

Um detalhe importante que esqueci de comentar: Freaks do céu, se passaram três anos! Fiquei emocionada em ver os personagens crescendo e, que apesar da distância e do tempo, o time Avatar segue existindo, se importando demais com Korra.


Assistir Katara, Tenzin e Toph cuidando do Avatar também foi bem bonito. Os três personagens demonstram um carinho fraternal com a nossa heroína e mostram a ela o poder de perseverar e de não se deixar vencer pela mente, estes são conselhos ótimos para a vida inclusive.

A vilã da vez é Kuvira, e talvez seja por estarmos em um Brasil todo ferrado, mas foi muito tenso acompanhar ela tomar o poder em Ba Sing Se instaurando uma ditadura e, por causa disso, a temporada ganhou uma atmosfera mais tensa, tirando um pouco do divertimento que eu tinha assistindo Avatar. Não ficou ruim, mas não está mais tão leve.


Kuvira em Avatar
Ditadura nunca é brincadeira, mas agora, só de pensar me dá dor de barriga

Preciso tirar um minuto para reclamar aqui! Que personagem irritante e desnecessário é o príncipe Wu. Ele é um alívio cômico que não funciona, um péssimo líder e ainda tirou a possibilidade do Mako ter um arco mais importante por metade da temporada.


E só lá no episódio sete, quando Wu é capturado, que as coisas começam a andar para Asami, Bolin e Mako, é triste termos poucos episódios focados no time Avatar, principalmente porque a dinâmica deles é a mais gostosa de acompanhar na série. Mesmo assim, ver um episódio focado nas lembranças deles com Korra foi bem especial.


Mesmo achando que essa temporada merecia mais episódios focados em Korra e sua nova antagonista Kuvira, também amei ver um episódio especial centrado em Bolin, Toph, Lin e Opal se reunindo para salvar a família, o que acaba por estreitar os laços entre Suyin, Lin e Toph, vulgo a melhor família de Avatar.


Aliás, quem é o pai de Suyin?


A batalha final de A Lenda de Korra é emocionante, não acreditei mesmo que Kuvira era tão megalomaníaca e que iria explodir tudo sem nem se importar. E o mais doido de tudo, depois de onze episódios, Wu parece mesmo ter evoluído e se mostra um bom rei ao evacuar a cidade e depois afirmar que pretende acabar com a monarquia.


Foi maravilhoso ver o time Avatar derrotando Kuvira, o casamento de Varrick e Zuli, Bolin e Mako felizes, e por fim, o começo do relacionamento de Korra e Asami. Queria ver uma animação só desse relacionamento, mas saber que tem uma HQ que mostra um pouco da viagem delas ao mundo espiritual já é ótimo.


Korra e Asami
Esse é o casal que eu queria ver desde o começo de A Lenda de Korra

Surto: Toph velhinha é a melhor de todas as velhinhas, amo demais.


E é isso Freaks, foi uma jornada intensa e satisfatória, e diferente de como comecei, não vou mais comparar a Lenda de Aang e a Lenda de Korra, acho que cada obra tem seus defeitos e qualidades, mas o importante é que trazem ótimas mensagem e foram ambas responsáveis por me emocionar muito.


Volto com uma crítica do filme ou das HQs, até mais dominadores.

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