Após decidir pela convivência entre os espíritos e os humanos, nosso Avatar tem que lidar com as consequências de suas atitudes, sendo a maior delas, o surgimento de novos dominadores do ar, o que para Tenzin e para mim, é muito empolgante.
Fazendo de sua missão instruir esses dominadores e equilibrar as mudanças que ocasionou, vemos neste terceiro livro uma Korra mais amadurecida e em uma narrativa que decide superar os clichês românticos e se focar em coisas que sempre foram acertadas, como o treinamento de Avatar, intrigas políticas, amizade e a coexistência com o espiritual. Apesar de ainda achar que a série se beneficiaria de um vilão para cada duas temporadas, com mais possibilidade de desenvolvimento, não tenho do que reclamar sobre a Lótus Vermelha. Eles são um grupo que realmente inspira o terror e se tornam uma verdadeira ameaça para Korra e seus amigos, algo que me lembra muito do livro três de Avatar- A Lenda de Aang, (dá muita nostalgia). Esse sentimento se repete na trama dos segredos de Ba Sing Se, na qual os poderosos estão usando dominadores para um exército próprio. Isso te lembra alguma coisa? A diferença é que agora a rainha não é a enganada, e sim a tirana que pretende controlar todos os que estão em seu domínio. A parte da queda de Ba Sing Se também foi significativa de assistir, nós víamos a cidade e sabíamos de toda a injustiça social existente nela, mas mesmo assim, me deparar com o local em ruínas me deixou triste e ao mesmo tempo impressionada. Gosto da coragem que os roteiristas demonstram ao abrir mão de coisas que desde Avatar- A Lenda de Aang foram importantes para a trama, sinto que essas escolhas deixam a obra mais realista. Agora falando de um arco que me comoveu, preciso dizer que amei conhecer o passado e a família de Bolin e Mako, acho que essa independência de Korra fez muito bem a eles, especialmente para Mako, que ganha mais simpatia dos espectadores por não ser apenas um interesse amoroso, aliás, será que antes essa subversão de papéis era proposital? Ainda sobre passados, saber o que causou a cicatriz de Lin me deixou boquiaberta, não esperava que a irmã dela fosse capaz disso, mas a questão é que todos erram e o perdão precisa ser exercido, do contrário, acontece como o que houve a Lin, a amargura te consome por dentro. Sempre bom deixar claro que amo ver Bumi, Tenzin e Kia lutando juntos, eles trazem uma sensação de leveza e de tradicionalismo para a série. Já o Bolin dominando a lava foi meu completo orgulho. Também é muito satisfatório ver Jinora como mestre e os dominadores de ar salvando Korra e evoluindo seus poderes, com esses sentimentos e declarações, só posso assumir que me apeguei demais aos personagens. Parabéns aos desenvolvedores da animação por isso, por aprofundar ainda mais a mitologia e trazer algo que ainda sim é muito original e respeita a série antecessora. Nos dois últimos episódios tive um pequeno vislumbre do que pode ser desenvolvido no Livro Quatro, e espero que Korra possa se superar, desenvolvendo habilidades nunca vivenciadas por outros Avatares. Kuvira também promete, principalmente após seu nome ser proferido com uma trilha sonora tão intensa. Surto: Que saudades de ver nosso querido Lorde Zuko e o maravilhoso tio Iroh novamente, seja como individuais ou em um relacionamento familiar, os dois são personagens que passam uma mensagem muito bonita sobre redenção, amizade e empatia. Curiosidade: Repararam que o dublador de Mako mudou depois que Zuko apareceu em A Lenda de Korra? (Talvez para que os dois não fossem confundidos, já que tinham a mesma voz). Termino essa crítica com uma imagem dos lindos bebê bisões, até o último livro Freaks (já sinto Korrasami chegando)!
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