Em A Promessa, retomamos Avatar logo após o final do terceiro livro de A Lenda de Aang. E por isso, após o final de uma grande guerra, nos focamos em politicagem e suas consequências, principalmente quando o recém nomeado Senhor do Fogo Zuko, luta contra a ideia de tirar comunidades do seu povo do Reino da Terra.
Essa HQ, assim como A Promessa, é bem focada em Zuko e no começo de sua liderança, na qual ele ainda tenta entender o que é bom para si e para o seu povo, e como gosto muito do personagem, fico feliz que tenhamos a oportunidade de entender seus medos, inseguranças e ideais.
Pautado no medo, ele pede para que Aang faça a "promessa", essa que dá nome a história em quadrinhos e, na qual, caso Zuko perca o controle e fique parecido com seu pai, Aang o matará.
Ao mesmo tempo que acho o pedido super plausível do ponto de vista de Zuko, compreendo perfeitamente as dúvidas de Aang sobre o assunto, ele é um pacifista, não acredita que as coisas se resolvam com violência, mas sabe que o mundo precisa que ele tome decisões pensando no coletivo e não em si mesmo.
É interessante que no caso da politicagem não vejo nenhum dos personagens errados, nem Aang ao defender uma separação para a restauração harmônica entre os elementos e nem Zuko que preza pela história das comunidades que querem ficar no Reino da Terra, e desta forma, continuar com a vida estruturada que já levam.
Todo o confronto de opiniões faz Aang e Katara trabalharem incansavelmente pela paz entre as duas nações, exercendo o papel de Avatar em conjunto, e isso é muito bom porque percebo em Katara a qualidade da adaptação, ela ouve e é flexível para pensar em soluções, o que a torna essencial para essa história.
Mas como evitar uma guerra quando nenhum dos lados pretende ceder? O que é necessário fazer quando é preciso agir, e bem, escolher um lado?
Aang tem que escolher, precisa resolver uma situação que foge do seu controle e dos métodos que utiliza para manter o equilíbrio, e isso muitas vezes significa deixar as coisas acontecerem de uma forma que não necessariamente é aquela que você queria.
Nessa história também temos um núcleo mais cômico, nele acompanhamos Sokka tentando ajudar Toph a preparar sua escola de dominação de metal, isso, para se defender contra uma classe rival de dominadores de fogo. Os dois personagens tem interações excelentes e leves, daquelas que não tem relação com a trama principal, mas mesmo assim, são ótimas de acompanhar.
Gosto também de descobrir como foi o treinamento dos primeiros dominadores de metal, ver o começo deles até chegar em A Lenda de Korra é fantástico, me faz admirar ainda mais a Toph e a dominadora de terra exemplar que ela é.
No final, percebemos como a história de A Promessa foi essencial para a criação de Cidade República, sendo um pequeno prelúdio do que estava por vir, e ainda entendemos que as coisas ainda podem ser resolvidas no diálogo.
Recomendo a leitura Freaks e deixo aqui o link para vocês: https://leitor.mundoavatar.com.br/
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