Fala Freaks! hoje quero falar para vocês com poucos spoilers sobre As Memórias de Marnie.
Nesta animação do Studio Ghibli conhecemos Anna, uma menina solitária e curiosa, que decide explorar uma velha mansão abandonada e conhece uma garota loira misteriosa que somente ela consegue ver.
O filme retrata bem a dificuldade humana de se encaixar socialmente e, ao mesmo tempo, a vontade de pertencer a algo. Anna nega ter problemas com o fato de não ter amigos, mas almeja encontrar uma alma irmã, seja no silencioso Toichi, na pintora Hisako, na animada Sayaka ou na misteriosa Marnie.
A jovem sofre por ser diferente do imposto pela sua cultura, já que tem olhos azuis e estrangeiros, assunto que ainda é tabu nas comunidades japonesas mais tradicionais. Além disso, ela também possui uma insegurança muito grande, duvidando de seus grandes talentos e até mesmo do amor que as pessoas sentem por ela, evitando ser vista ou ouvida.
Anna se apega tão fortemente à Marnie porque se vê nela, gostaria de viver suas aventuras e, na verdade, por meio de sua imaginação acaba vivendo.
Outra reflexão que podemos tirar do filme é sobre não julgar as aparências, já que a construção perfeita da vida de Marnie, pelo aspecto da Anna, vai ruindo aos poucos quando ela se aproxima e percebe que a garota também tem problemas, como os pais ausentes e as criadas que a maltratam. Ambas estão presas no Silo da vida, cheias de medo, inseguranças e tristeza.
Mas então, Marnie apoia Anna e a faz encarar seus medos de frente, fazendo com que a garota finalmente deixe-a ir. Não quero revelar o final, mas que deleite! (aprenda O Céu da Meia-Noite!).
Quanto a fotografia, os traços e a trilha sonora, eu nem tenho o que dizer! São impecáveis e de uma sensibilidade imensa. Ao assistir, nos sentimos em paz e acalentados por toda a beleza que existe na obra.
Vocês precisam assistir Freaks!
Vale todo o tempo.
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