Muito bem Freaks! no espirito de Call of the Sea, me aventuro aqui a escrever minha primeira recomendação/ crítica de um jogo.
Lançado recentemente, ainda em dezembro deste ano, o game é desenvolvido pela Out of the Blue e publicado pela Raw Fury, e conta a história de Norah, uma mulher que nos anos 30, está em uma expedição em busca de seu marido desaparecido. A aventura acontece em uma ilha no Pacífico Sul, que é cheia de segredos esperando para serem desenterrados.
Este é um conto sobrenatural de mistério, aventura e autodescoberta, que é recomendado para maiores de 10 anos, mas que em minha opinião, deve ser consumido por pessoas um pouco mais velhas, talvez de 14 anos para frente. Digo isso porque a obra é um quebra-cabeça complexo e que exige muito mais do que pensamento lógico, mas também exploração e uma grande sensibilidade.
Uma das características que mais me encantou neste jogo foi sua duração, que não passa de umas 5 horas, e bom, eu particularmente gosto muito de jogos que duram pouco porque sinto que consigo ficar imersa por mais tempo neles e amo essa sensação de finalizar coisas.
São seis capítulos bem curtos e ambientados em paisagens completamente diversas, em cada um deles conhecemos mais da ilha, do marido de Norah e dos motivos de sua expedição, que são no mínimo interessantes. Dentre os mistérios, era sempre Norah que mais me cativava e isso é bom, já que temos todo o jogo sob o ponto de vista dela.
Outro aspecto muito positivo do game é sua ambientação, a ilha é simplesmente deslumbrante, cheia de detalhes e é possível ver por meio deles que tudo foi feito com muito carinho. A arte do jogo é de deixar a boca aberta, tanto as cenas submersas quanto as terrestres tem cores muito vivas, tropicais e que despertam no jogador a vontade de procurar sempre por mais.
Mas mesmo com esses pontos positivos, é claro que também existem alguns problemas com a obra, um bom exemplo deles é que eu não senti nenhuma conexão com a história de amor entre Norah e Harry, o que atrapalha a narrativa e faz com que algumas escolhas não tenham o peso que deveriam ter, no final, eu só me importava com a protagonista mesmo e sinto que esta é uma grande falha do jogo.
Por fim, acredito que mesmo com um final que não é a altura do restante (sério, o prólogo e os três primeiros capítulos são um chuchu bem temperado), a mensagem que ele passa sobre a importância da natureza, do autoconhecimento e do respeito as outras culturas é linda!
Existe muito que é sagrado em Call of the Sea.
Assista ao trailer:
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