Fala Freaks! Finalmente a Netflix liberou a sua mais nova animação, Mestres do Universo: Salvando Eternia que traz em uma nova roupagem a um desenho clássico dos anos 80, He-Man e os Mestres do Universo e nós aqui da Freaks! Corremos para assistir a essa nova produção e trazer a crítica para vocês, mas antes de pegarmos essa nave e pararmos em Eternia, um aviso: SPOILERS A FRENTE!
Em cada episódio era uma enxurrada de lágrimas para tanto que gostei dessa animação
Mestres do Universo: Salvando Eternia continua a saga do desenho animado dos anos 80, porém de uma maneira totalmente inovadora que a animação nunca pensou. O primeiro episódio traz um questionamento que serve como plot principal de toda parte 1 da primeira temporada: o que aconteceria com Eternia se seu principal campeão e seu eterno adversário simplesmente sumissem? A resposta é desenvolvida nesses cinco episódios e dando aos personagens “secundários” uma chance de protagonizarem. Logo no primeiro episódio temos aquela mesma atmosfera do desenho com o esqueleto tentando atacar o Castelo de Grayskull e chamando seus principais defensores para seu confronto. Porém logo de início temos uma quebra que vem como resposta para uma pergunta que quem assistia a animação sempre se fazia, o porquê de Teela não saber o segredo de Adam e o acarretaria se ela descobrisse. Em pouco mais de 27 minutos a série já traz a solução para a indagação que percorreu a mente dos fãs por muito tempo, com Teela que estava para ser sagrada a nova mentora e sendo interrompida e indo parar junto de nossos heróis no Castelo de Grayskull. A partir daqui temos a mitologia do clássico sendo expandida: descobrimos que o castelo não passa de uma casca para um local sagrado conhecido como Salão do Saber onde os anciões de Eternia guardavam a fonte de magia de todo o universo e Esqueleto descobrindo essa informação quer a todo custo todo o poder! Em meio a um combate entre o bem e o mal, He-Man acaba usando pela primeira vez, sua espada de maneira certa: ele perfura o vilão Esqueleto que se põe a frente da trava de toda magia que só abriria com o que? Sim, a espada de He-Man! Aqui em um ato para salvar o mundo Adam se sacrifica junto da espada do poder que se divide e com Esqueleto que mesmo à beira da morte tenta roubar a espada para conseguir o poder, porém mesmo com o ato do príncipe a magia de Eternia some e Teela enfim descobre o segredo de Adam. Ela então rompe tanto com a família como com seus amigos e família indo viver como uma renegada.
A partir desse ponto a série entra em um lado cinza: sem o bem máximo e o mal máximo e ainda sem magia a tecnologia ganha espaço e com ela os asseclas do mal. Ciclope, um dos antigos lacaios de Esqueleto faz um culto contra a magia e que venera somente a tecnologia, com isso várias pessoas acabam indo o servir na esperança de terem algo melhor afinal anos se passaram e Eternia está aos poucos morrendo. É nesse mundo quase pós-apocalíptico que encontramos Teela, agora mais velha porém ainda com todo o rancor do dia da morte de Adam e querendo a todo custo esquecer seu passado. Seu passado porém volta à tona quando uma união entre Maligna e a Feiticeira traz uma missão para Teela e sua nova parceira e uma das protagonistas, a engenheira Endra, onde as duas terão de formar um grupo para novamente forjar a espada do poder para salvar a magia do mundo. Começa aqui uma odisséia para irem atrás das partes da espada indo do inferno que na série foi chamado de Subternia e ao céu que ganhou o nome de Preternia. Nesse ponto a série já começa a desenvolver os personagens trazendo uma profundidade que nunca existiu no desenho clássico, temos Teela tendo que lidar com todo esse trauma que sofreu além de lidar com algo que ela nunca gostou: seu próprio poder. A animação ajuda muito nessa parte com várias cenas de tirar fôlego cheias de cenas de luta, porém Mestres do Universo não só se prende nisso, mas sim na dinâmica dos personagens que por tanto tempo lutaram contra, agora tendo de se aliar.
A viagem de Subternia e Preternia se prende em dois episódios, algo muito bom pois temos toda essa expansão da mitologia sendo mostrada sem nunca desrespeitar a animação original. Em Subternia, após recuperarem a parte “negra” da espada do poder, temos uma das cenas que mais mexeram comigo, que foi a morte de Gorppo para conseguir fazer o grupo passar pela criatura conhecida como Fulgor, um tipo de espectro do Esqueleto ele se sacrifica. Não vou mentir, aquilo me pegou de surpresa principalmente que algum tempo antes o pequeno fantasminha acaba criando um elo com Maligna. O grupo então vai parar em Preternia e aqui Teela confronta seu maior rancor, o príncipe Adam. É nesse episódio também que conhecemos os outros portadores da espada do poder e até o primeiro, o Rei Grayskull. Todos os episódios tiveram essa marca de explorarem a mitologia e aprofundar os personagens, mas o quarto foi um dos que mais fizeram isso aqui Teela confronta Adam tentando entender o porquê dele não confiar nela para contar seu segredo, mas aqui entendemos que na realidade ele sabia que se algo acontecesse com ele, a ex-general seria quem ficaria em seu lugar, o grupo após conseguirem reforjar a espada a custo da saída de mais um membro da equipe volta para Eternia, agora com Adam que decide voltar dos mortos mesmo com a opção de não tendo certeza que se morresse iria para aquele lugar abençoado novamente.
Fala que isso aqui não parece um grupo de RPG?
O último episódio é o que fecha toda a história, aqui fica um aviso: você pensa que vai ser um final de feijão com arroz, sabe? aquele que você já imagina, mas não aqui temos um plot twist totalmente inusitado que faz o final ser surpreendente. Mestres do Universo: Salvando Eternia no fim é um dos grandes achados de 2021, que tanto emociona os velhos fãs como também traz uma nova onda de fãs, no fim quando terminei a única coisa que eu queria era que tivesse mais episódios, então dona Netflix agiliza aí.
OBS: Um ponto especial que esqueci de citar é que faltou a música clássica, namoral Netflix, já é a segunda vez com isso primeiro foi com Winx e agora com He-Man, não custava nada trazer a música. U.U
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