Depois de muito tempo de espera, a redatora que vos fala finalmente conseguiu ler “Mutano”, HQ da qual falei aqui na Freaks! em nossa cobertura do DC Fandome e sobre a qual admito que tinha grandes expectativas.
Assim como o primeiro lançamento da parceria de Kami Garcia e Gabriel Pícolo (de quem eu sou cadelinha) “Ravena”, a segunda edição desta releitura dos Jovens Titãs traz frescor e atualidade para uma das melhores equipes de super-heróis que existe, isso, trabalhando em uma personalidade completamente diferente e marcante para cada volume, o que é excepcional.
Neste quadrinho nós somos apresentados ao Gar, o típico jovem que não se encaixa em lugar nenhum e que almeja isso mais que tudo, tentando até deixar de ser ele mesmo para agradar aos outros.
Essa é literalmente uma história sobre a dureza de ser adolescente, sobre ter todos os sentimentos a flor da pele, as mudanças corporais, a vontade de fazer muitos amigos, a necessidade de se destacar... E eu, como uma jovem que passou por coisas parecidas consegui me identificar com muitas dessas situações.
A lição que se tira da HQ é clara: quando Mutano abraça quem realmente é, as coisas melhoram, não quando ele se torna popular, mas quando ele não tenta mais forçar a barra, quando entende qual é o seu propósito e descobre sua verdadeira história de origem.
Aliás, essa origem de Mutano me faz lembrar um pouco a de Victor, nosso querido Ciborgue, com pais que acabam usando ele como cobaia e também não prestam atenção no que o filho realmente precisa. Essa comparação pode não ser nenhuma novidade, mas foi um paralelo que eu nunca tinha traçado e que gosto por deixar a amizade desses dois ainda mais significativa, já que tem tanto em comum.
Uma das coisas legais e que se mantém desde a primeira HQ da dupla é a criação de ótimos personagens originais, como é o caso da Stella, uma maravilhosa melhor amiga, que cativa ainda por seus hobbies e personalidade. Tem como não amar quem ama animais?!
O Tank também é um fofo e sempre tem um café da manhã na mão para o amigo (esse tipo de coisa a gente tem que valorizar). Sério, tem vezes que acho o Gar ingrato por querer outros amigos.
Como último comentário sobre a história preciso dizer que a aparição de um vilão da DC me deixou empolgada demais e que quero saber como será o início de sua relação com esses Titãs.
Sobre a parte visual da HQ: os desenhos de Picolo são lindos, que orgulho eu sinto desse brasileiro, gosto dos traços, do tom de “moderno” que ele passa nos desenhos e também da coloração suave que é posta na HQ, com sutis tons de verde.
Bom, agora nos resta esperar por “Mutano ama Ravena”, HQ que unirá esses dois personagens e na qual eles provavelmente serão obrigados a fugir de um inimigo em comum. Vale lembrar que esse quadrinho já está em pré-venda.
Só vem 2021!
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