Lançado na última semana pela Netflix, hoje venho falar para vocês sobre "O Céu da Meia-Noite", filme dirigido e protagonizado por George Clooney, que conta a história de um solitário cientista no Ártico que tenta impedir que astronautas voltem para casa em meio a uma misteriosa catástrofe mundial.
O longa tem paisagens fascinantes e isso é o que mais me agrada nele. Somos literalmente levados a outro planeta e também conhecemos as novas condições do nosso, que aos poucos tornou-se inóspito. Além da ambientação mais livre, temos também o visual da nave e o vasto espaço que são bem realistas e nos fazem ficar imersos na história.
Iris é outro ponto forte da obra, apesar de não sentirmos uma carga emocional em sua relação com Augustine, e também com todos os tripulantes da nave, a criança/adulta é muito carismática e nos faz seguir torcendo por ela, o que garante que completaremos a trajetória de 1h50 minutos.
Agora que falei de algumas coisas boas, tenho que dizer que este não é o novo Interestelar e nem a obra mais genial ou cativante que vai assistir na vida, provavelmente você nem se lembrará muito deste filme nas próximas semanas. A história não é excepcional, não nos gera senso de urgência e passa longe de ser original, tornando este só mais um filme clichê que se passa no espaço.
Isso é triste porque O Céu da Meia-Noite tem um potencial imenso e poderia ir para tantas outras vertentes, como: o aprofundamento na exploração interplanetária, nos desastres ocorridos na terra, nos outros sobreviventes dessa situação, nos traumas que tornaram Augustine recluso, na vida de Iris ou até mesmo no novo planeta, mas nada isso acontece, tudo fica raso e acaba sendo desinteressante.
No final, ao desperdiçar muito tempo com uma trama mediana, os diálogos acabam se tornando expositivos com a finalidade de entregar alguma "mensagem" e o grande plot twist da história fica sem sustentação, não ganhando o impacto que deveria ter para o espectador.
É tudo bem didático: não cuidamos do planeta e não damos o devido valor para as nossas famílias, mas somos humanos e há uma chance de melhorar, de começar novamente. São ideias bonitas, mas não bem trabalhadas.
Minha sugestão é que vejam o filme, mas sem grandes expectativas.
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