Escrevo este texto logo após assistir o último episódio da terceira temporada de Sex Education, e o que eu posso dizer é que entre muitas lágrimas e sorrisos, este foi definitivamente o melhor ano da série.
Que obras britânicas são excepcionais não é nenhuma novidade, mas a forma como elas retratam a adolescência é simplesmente magnífica, e aqui não seria diferente. É impossível não se apegar e sentir as dores dos nossos personagens principais, e o mais legal, é que mesmo o elenco secundário tem seu momento de brilhar.
Ruby, Adam e Aimee roubam a cena nesta nova temporada, pois além de serem complexos, todos nos proporcionam ótimos momentos de risada, além de muita reflexão. Em suas histórias lidamos com questões sociais de muita relevância: abuso parental, homofobia, importunação sexual, feminismo e diferenças de classes sociais, tudo isso, de uma forma leve e responsável.
Para além disso, temos a inclusão de Cal na história, uma pessoa não binária que vai percebendo ao poucos a importância de lutar pelos seus ideais, já que muitos ainda não tem a possibilidade de fazer isso. Esta era uma pauta que ainda faltava ser retratada na série, e ao meu ver, principalmente por não entender muito sobre o assunto, foi um acréscimo sensacional.
Maeve, Otis e Eric continuam maravilhosos, nesta temporada sinto todos mais maduros e isso se reflete em seus relacionamentos. Apesar de preferir que o Otis fique com a Ruby, não faria sentido fazer com que ele e Maeve não se resolvessem no final, seria repetitivo demais, aliás, achei a escolha dos roteiristas de fazerem ela se mudar de Moordale por um tempo muito inteligente!
Quanto aos adultos: interessantes, apaixonantes e completamente confusos, o que me faz gostar de acompanhar suas vidas, já que a série não transforma ninguém em um simples vilão, e ao invés disso, nos mostra como todos são simples humanos, com qualidades e defeitos.
Vejo vocês na próxima temporada!
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