Como um belo presente de natal, no dia 25, foi lançado no Disney+ o filme Soul, que conta a história de Joe, um músico de jazz que, após um acidente, acaba parando no pré-vida, local onde as almas são preparadas antes de chegarem ao mundo. Lá, ele conhece 22, uma alma fofa e presunçosa que não tem a mínima intenção de viver na Terra.
Em mais um daqueles filmes que definitivamente não é feito apenas para crianças, a Pixar encanta com uma obra intensa, filosófica e muito bonita. Nela são experimentados diferentes traços de desenhos, com uso até de figuras em 2D, e também uma mistura de preto e branco que remete ao divino, nos levando para esse "além da vida", que na verdade é vida pura e em toda sua essência.
Durante cerca de uma hora e quarenta minutos acabamos refletindo sobre nossas próprias vidas e seus propósitos: será que é necessário mesmo ter um? A vida precisa de algo grandioso para ser bela?
Dentro disso, também somos levados a pensar nas grandes neuras que nos paralisam e acabam nos impedindo de viver. Acho muito interessante o paralelo que a animação faz com essas almas que acabam sendo transformadas em "monstros" e são consumidas por cobranças, medos e inseguranças, pois todos nós passamos por isso e é preciso seguir em frente, não deixar que as coisas negativas te consumam.
Outros dois aspectos que eu gostaria de falar aqui são: jazz e representatividade. Poxa nós temos um protagonista preto e que nos introduz a esse mundo fantástico da música! É incrível o trabalho que a Pixar faz nesse sentido e espero que muitas pessoas se sintam vistas e ouvidas com esse filme, assim como que muitos jovens possam se inspirar e descobrir suas vocações musicais.
Freaks! eu não tenho absolutamente nada de ruim para falar sobre esse filme, que para mim, já é um dos fortes concorrentes ao Oscar 2021.
Meu conselho para vocês é: assistam!
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