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  • Foto do escritorAna Luiza Moreira

Superman & Lois acerta na trama familiar, mas segue sendo uma série de vilões semanais


A escalação de Tyler Hoechlin e Bitsie Tulloch como Superman e Lois é perfeita

Já nos primeiros minutos de série, Superman e Lois me surpreendeu positivamente, não por ser uma obra de super-heróis com uma premissa diferente, mas por executar muito bem tudo o que se propõe a fazer. Focada principalmente na família e nos dilemas que o Superman tem com seus filhos gêmeos e sua esposa Lois Lane, é essa a parte que rouba a atenção dos espectadores, sendo algo muito mais interessante do que os vilões maquiavélicos e as cenas de ação, estas que inclusive são do nível CW mesmo, nem muito boas e nem muito ruins. A trilha sonora da série também evoca uma dramaticidade a mais e a comparação que vou fazer aqui é meio absurda, mas vou fazer mesmo assim, a série claramente bebe da fonte de Logan, mostrando uma Metrópolis sombria, Smallville em decadência, relações familiares quebradiças, a descoberta da paternidade por parte de Clark e a necessidade de encarar a morte. Uma outra questão trabalhada é sobre contar ou não para os filhos quem Clark realmente é, algo que pode ser assustador para os meninos, mas ao mesmo tempo, fazer eles compreenderem os porquês do pai ser tão ausente, os motivos para se sentirem deslocados do mundo e de possivelmente terem dons especiais.

Já Lois lida com tudo isso de outra forma, ela se casou com um jornalista e um super-herói, ela sabe dos sacrifícios que precisa fazer para estar com ele, mas a questão é: até quando ela aguentará passar por tudo isso? Um ponto de destaque tratado em Superman & Lois é a questão de saúde mental, e ao mesmo tempo que me sinto feliz vendo esse assunto ser tratado, principalmente porque é algo que carrego comigo, percebo que eles romantizam um pouco o assunto, o que pode gerar confusão com pessoas que não sabem diferenciar realidade de ficção e que podem achar "legal" ser deprimido ou ansioso. Sobre pontos negativos, é claro que também temos uma trama adolescente no meio da série, e ela é composta por Jordan, Jonathan e Sarah, que interpretam crianças de 14 anos e parecem ter no mínimo uns 18 na vida real, mas não é como se isso não fosse comum nas séries atuais, só que se destaca muito e negativamente porque é algo que não sai da minha cabeça enquanto assisto.


Não consigo parar de pensar nisso em todas as cenas que assisto: onde esses meninos tem 14 anos?

A parte do vilão semanal também é chata e algo que provavelmente vai me fazer parar a série neste primeiro episódio, infelizmente essa dinâmica de dilema da semana não me agrada mais e pesando ela com o drama familiar, o segundo sai perdendo.


Mas tenho certeza que muitos vão gostar. É uma boa série Freaks, não foi feita para mim, mas vale dar uma chance!

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