Depois de passar anos sendo usada como interesse romântico, acalmando e se sacrificando por homens, a Viúva Negra finalmente ganhou seu filme solo, o que infelizmente só aconteceu depois de sua morte em Vingadores Ultimato, não é mesmo?!
Precisava começar essa crítica assim porque essa foi a sensação que me permeou o filme todo: "nossa, que bom e que pena". Que bom ter um filme cheio de protagonistas femininas, repleto de lutas sensacionais e com humor na medida, mas que pena que foram precisos tantos anos para que esse filme saísse, que pena que a nossa Natasha Romanoff demorou tanto tempo para ter o destaque que tanto merece.
No entanto, mesmo com toda essa situação, devo admitir que o filme é bem interessante e aborda temas necessários como a questão assustadora que é o tráfico de crianças, o aprisionamento de mulheres e a retirada de suas liberdades. Confesso que é tudo bem raso, mas ainda assim, é possível tirar mensagens interessantes da obra.
Além das lutas, um enorme ponto positivo de Viúva Negra é a química entre os personagens, que formam uma família muito singular e sobre a qual eu queria ter conhecido mais. Fora Natasha, Alexei e Yelena são cativantes demais, entregando boas atuações e cenas empolgantes.
O filme é um pouco longo ao meu ver, e sinto que nem trabalha tão bem a questão emocional da Natasha (a personagem não mudou muito do começo até o final, só parece ter acreditado mais no conceito de família), mas é ótimo para introduzir Yelena à nova fase da Marvel, em que provavelmente aparecerá como uma "vilã" na série de Hawkeye.
Em resumo, Viúva Negra é um filme bem legal, apresentando plots que ainda serão bastante desenvolvidos nesta nova fase da Marvel. Gostei da obra, da ambientação, do novo uniforme, da ação e de ver Scarlet Johansson mais uma vez atuando como minha espiã e vingadora preferida de todos os tempos, entretanto, uma coisa sempre vai martelar na minha cabeça quando eu for assistir ao longa: "Natasha merecia mais".
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