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Foto do escritorAna Luiza Moreira

Última temporada de The 100 é lenta, decepcionante e desconstrói tudo o que foi trabalhado na série

Atualizado: 6 de out. de 2020


Sétima temporada de The 100 tira completamente o protagonismo de Clarke e Bellamy
Sétima temporada tira completamente o protagonismo de Clarke e Bellamy

Fala Freaks! Hoje trago a crítica da sétima temporada de The 100, além das minhas impressões sobre o último episódio da série e já deixo um aviso: O texto a seguir contém MUITOS SPOILERS.

A sétima e última temporada de The 100 era muito esperada pelos fãs (me incluo nessa), principalmente por conta das pontas soltas deixadas, como: O que era a anomalia? Como a filha da Diyoza estava daquele tamanho? E também o que aconteceria com a Octavia?

E bem, o começo foi promissor em responder todas essas questões e de uma forma que fazia sentido para a série, relacionando tudo a ciência e ao grande problema da intolerância pela diferença de pensamento das civilizações. Do primeiro ao terceiro episódio eu não tenho nada para reclamar, foi tudo muito bem construído e pensado, mas o problema foi o que aconteceu com os outros treze episódios seguintes que com toda a certeza coroaram esta como a pior temporada da série.


Muitos dos problemas da narrativa se deram por causa do showrunner Jason Rothenberg (pessoa nada profissional) e sua briga com o ator Bob Morley (Bellamy Blake), não sabemos ao certo tudo o que houve, apenas que a história de Bellamy foi prejudicada por esse motivo e que a situação acabou atrapalhando também a trama da Clarke, que ficou completamente apagada no final e ainda foi culpada pela morte de seu melhor amigo. Esse desentendimento e birra tirou o foco da série de seus dois personagens principais e, de repente, apenas para justificar a morte do Bellamy, outros personagens começaram a tomar atitudes que não eram coerentes e nem faziam sentido com suas personalidades, foi tudo uma grande bagunça. Vale lembrar que não é de hoje que os problemas nos bastidores acontecem.



Vendo pelo lado positivo, esse pequeno problema nos fez conhecer mais outros personagens fantásticos, entre eles a Echo, a Indra, o Murphy e a Emori. Como amei acompanhar o crescimento deles, uma pena que no final um desfecho individual não foi dado para cada um, pregando essa questão religiosa de coletividade. Ainda assim, gostei das narrativas da Octavia, da Raven, do Gabriel e também de conhecer a Hope e o Levitt (galerinha bacana!).


Falando dos personagens, tenho que comentar do Sheidheda sobrando eternamente e não morrendo nunca, sendo que a Indra teve inúmeras oportunidades para isso (o personagem ficou vivo apenas para algumas situações convenientes, que roteiro preguiçoso!).

Como outro ponto positivo destaco que alguns episódios foram ótimos e como uma história separada são incríveis, mas para fechar uma temporada, que ainda é a última da série, a composição ficou extensa e muito arrastada. Durante toda a última temporada eu ia animada ver os episódios pelo o que eles prometiam nos teasers, assistia, não odiava, mas sentia que faltava algo ali.



Sobre o último episódio da série, este que em 46 minutos teria que responder um turbilhão de perguntas que estavam sendo deixadas a torto e a direito, digo que não achei ruim, ele apenas não foi o suficiente para salvar toda uma temporada. Não tivemos muitas respostas, e as que nos foram dadas não são satisfatórias.

Eu amei a parte visual, desde a anomalia, até a área externa e interna do “grande teste”, mas a trama mística não tem nenhuma relação com o que foi apresentado nas demais temporadas, no final, parecia outra série. The 100, que sempre se caracterizou por misturar esse lado mais primitivo e tecnologia negou tudo isso, foi para o lado fantástico e usou desse artificio pobremente para deixar as coisas sem respostas.

Acho que o mais incomodo é o potencial que a história da anomalia tinha, poderíamos ver os personagens explorando os planetas, descobrindo as marcas deixadas por outros seres ali, além de saber mais sobre os bardonianos, entender porque as pedras foram construídas. Será que existe vida somente naqueles planetas conectados pela anomalia? Será que os seres superiores são os habitantes de Etheria? Nunca iremos saber.


É mesmo? E por que vocês não foram então?

Tem também o teste que não é teste e a guerra que não é guerra, que coisa mais mixuruca! Para mim nenhum dos dois de fato aconteceu no último episódio. A verdade é que como muitos fãs, eu prefiro pensar que a quinta temporada foi a que encerrou a série que eu amava, aliás, aquilo sim é que foi final! Quanto a esse, não me emocionou, não foi épico e está longe de chegar perto do que essa série já proporcionou.

Na balança também coloco ver a Alycia Debnam-Carey caracterizada como Lexa novamente em The 100, que é um colírio para os meus olhos e foi uma boa homenagem aos fãs, mas ao mesmo tempo, não termos o Bellamy Blake no último episódio da série, sendo que ele estava certo o tempo todo foi triste e doeu muito. Aliás, dói demais quando todas as teorias são melhores do que é apresentado na série.



Jason disse que queria passar uma mensagem positiva com o final da série, mas em minha opinião a mensagem foi entregue cheia de ruídos, eu mesma achei uma mensagem fraca e negativa. Temos que ser perfeitos para transcender? Isso não é muito extremo?

Por tudo o que eu disse, quer dizer que eu não recomendo The 100?

Bom, essa foi uma série que eu acompanhei por cinco anos, amei, chorei, li e xinguei muito pelo Twitter e tive uma trajetória muito gostosa durante tudo isso, desta forma, é uma série que eu recomendo sim e muito! Mas já aviso que assim como Game of Thrones (meu maior trauma de final) decai completamente na última temporada.

Caso tenhamos um Spin Off, que ele seja melhor e May We Meet Again!

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